Padre Fábio de Melo
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.


Palestras
 
InícioInício  PortalPortal  Últimas imagensÚltimas imagens  ProcurarProcurar  RegistrarRegistrar  Entrar  
Entrar
Nome de usuário:
Senha:
Entrar automaticamente: 
:: Esqueci-me da senha
Registrar-se
Navegação
 Portal
 Índice
 Membros
 Perfil
 FAQ
 Buscar
Fórum
Chat
Últimos assuntos
» Ajuda Mútua - Uma forma simples de ganhar dinheiro
AMOR PERFEITO? SÓ NOS JARDINS. Icon_minitimeTer maio 22, 2012 2:12 am por Fog

» Os girassóis e nós.
AMOR PERFEITO? SÓ NOS JARDINS. Icon_minitimeTer Jan 10, 2012 6:32 am por carine

» Missa Canção Nova 20/111/2010
AMOR PERFEITO? SÓ NOS JARDINS. Icon_minitimeSeg Nov 22, 2010 2:51 pm por regina

» Não Percam hoje Padre Fábio no programa Todo seu
AMOR PERFEITO? SÓ NOS JARDINS. Icon_minitimeSex Nov 19, 2010 2:51 pm por regina

» NOVO LIVRO DE PADRE FABIO!
AMOR PERFEITO? SÓ NOS JARDINS. Icon_minitimeQui Nov 18, 2010 3:46 pm por regina

» Programas de 2010
AMOR PERFEITO? SÓ NOS JARDINS. Icon_minitimeSáb Nov 13, 2010 12:33 pm por regina

» DVD ILUMINAR
AMOR PERFEITO? SÓ NOS JARDINS. Icon_minitimeSex Nov 12, 2010 1:27 am por regina

» Show Padre Fábio em Ilhéus dia 05/11/2010
AMOR PERFEITO? SÓ NOS JARDINS. Icon_minitimeDom Nov 07, 2010 4:48 pm por regina

» Show em Aparecida 10/2010
AMOR PERFEITO? SÓ NOS JARDINS. Icon_minitimeSex Out 15, 2010 12:23 am por regina

Procurar
 
 

Resultados por:
 
Rechercher Pesquisa avançada
Patrocinadores
Musica

marcas do eterno - Fabio de Melo

 

 AMOR PERFEITO? SÓ NOS JARDINS.

Ir para baixo 
AutorMensagem
regina
Admin
regina


Mensagens : 981
Data de inscrição : 04/08/2008

AMOR PERFEITO? SÓ NOS JARDINS. Empty
MensagemAssunto: AMOR PERFEITO? SÓ NOS JARDINS.   AMOR PERFEITO? SÓ NOS JARDINS. Icon_minitimeTer Out 28, 2008 10:52 pm



O único amor perfeito que conheci ao longo de minha vida foi nos jardins. O outro amor perfeito só existe nos livros e nas historias das fada.
O mito do amor romântico parece fortalalecer nas culturas o desejo que o ser humano tem de encontrar no seu mundo exterior a solução para suas imperfeições. O amor perfeito é sempre o amor impossível, o amor inacessível, o amor que não corresponde à realidade e que só se realiza nas obras de ficção.
No contexto da reflexão grega, a perfeição é colocada como fim a que se destina o movimento do artista. A perfeição não é caminho, mas chegada. Dessa forma, o conceito não favorece o movimento, mas, ao contrário, sugere lugar já alcançado, chegado.
A partir do conceito grego de perfeição, nenhuma pessoa pode ser considerada perfeita, afinal, ninguém está pronto. Essa verdade fere profundamente a expectativa de todos os que esperam encontrar pessoas perfeitas para estabelecer suas relações humanas.
Nós, que sentimos regularmente na carne as consequencias de nossas imperfeições,e não temos outro jeito de sobreviver a elas senão assumindo o movimento da vida como oportunidades contínuas de superação e aperfeiçoamento, quando nos encontramos com os outros, precisamos considerar que eles estão vivendo o mesmo processo que nós.
Somos imperfeitos, mas não estamos condenados a ser vítimas de nossa imperfeição. O outro também não está condenado a morrer com seus defeitos. Dessa forma, num encontro de imperfeitos, nasce um desejo concreto de juntos lapidarem suas humanidades.
Mas nem sempre o que ocorre é isso. É quase um movimento natural na vida humana a busca pelas pessoas perfeitas que venham suprir nossas imperfeições. Inconnscientes ou não vivemos uma busca desonesta de pessoas que correspondam às expectativas de nossas projeções e idealizações.
O que temos diante de nós é uma contradição da existência. O mito nos retira do contato com a realidade.
A partir dele, as pessoas passam a procurar realidades ideais. E o conflito se estabelece ainda mais quando percebemos que pessoas que se sabem imperfeitas estão constantemente buscando pessoas e realidades perfeitas.
Aqui está a força da inadequação. As pessoas, no afã de encontrarem a pessoa ideal, a pessoa perfeita, começam a imaginar. Olham, mas não vêm. Esbarram, mas não encontram, porque o encontro requer autenticidade. É justamente aqui que nascem os sequestros. É deste "não encontro" e deste "não ver" que as pessoas começam suas relações.
Começam a projetar uma nas outras suas necessidades e lacunas. Esses cativeiros se estabelecem a partir de pedidos de mudanças de comportamento, atitudes e até mesmo de mudança estéticas.
Desse encontro nasceram duas condições: sequestrados e sequestrador.
Conciente ou não, a pessoa parece inventar a outra. E inventar é uma forma de estabelecer cativeiros, uma vez que a "disposição de si" fica ameaçada.
Fernando Pessoa nos fala desta realidade em alguns versos do poema "Tabacaria"

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
E não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pregada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó
Que não tinha tirado.
Deitei a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
Eu vou escrever essa história para provar
Que sou sublime.

O universo da reflexão do poeta é riquíssima. O personagem que reconhece a "não vida" que a máscara lhe confiriu reassume, ao final da estrofe, a condição de "ser sublime".
Para o poeta, retirar a máscara é assumir a precariedade que o falseamento lhe trouxe.
O poema nos ajuda a pensar melhor. As máscaras são as concretizações dos sequestros.
O roubo foi tão profundo que o outro, incapacitado de resgatar a parte roubada, viu-se obrigado a revestir-se de personagens e de máscaras. "Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me".
Veja, há uma permissão.
Quando essa relação se prolonga no tempo, as pessoas envolvidas se fragilizam muito, porque em ambas há o processo da negação do ser.
"Quando quis tirar a máscara, estava pregada à cara. Quando a tirei e me vi no espelho, já tinha envelhecido." Os mascarados sofrem sozinhos. É um processo doloroso que atinge a muitos.
Conviver com quem optou pela inautencidade causa uma infelicidade profunda. Viver de projeções que não podem ser adequadas à realidade é o mesmo que não viver.
A experiência das projeções nos coloca dentro de um mundo sem sustentação; e mundo projetado não é mundo que realiza., nem faz realizar.
Ir para o topo Ir para baixo
https://padrefabiodemelo.forumbrasil.net
 
AMOR PERFEITO? SÓ NOS JARDINS.
Ir para o topo 
Página 1 de 1
 Tópicos semelhantes
-
» BELEZA IMPERFEITA
» Um amor eterno
» Amor: processo de continuidade
» SOBRE AMOR, ROSAS E ESPINHOS

Permissões neste sub-fórumNão podes responder a tópicos
Padre Fábio de Melo :: Forum :: Geral :: Livros-
Ir para:  

marcas do eterno - Fabio de MeloUm fórum grátis | ©phpBB | Fórum gratuito de ajuda | Denunciar um abuso | Cookies | Criar um fórum